domingo, abril 16, 2006

Noite do Riso de Farmácia


Cumprindo a promessa da campanha eleitoral a nossa Associação de Estudantes decidiu realizar a "Noite do Riso de Farmácia". Ja tinha havido uma o ano passado pra quem não saiba mas, desta vez, eles resolveram pensar em grande: Marco Horácio como cabeça de cartaz (mesmo pra quem não gosta dele não há como negar de que houve um esforço para melhorar).
O esgoto ao tomar conhecimento deste evento ficou na expectativa pra ver o que dali sairia. A ideia era boa, além do mais os lucros seriam doados pra Pastoral Universitária num belo acto altruista.

Durante cerca de tres semanas a faculdade foi invadida por cartazes publicitando o evento e tudo corria bem. Porém, no dia anterior ao evento um amigo, de um amigo, da namorada de um conhecido meu ouviu dizer que nem duzentos bilhetes tinham sido vendidos! (Se eu bem me lembrava o anfiteatro do seminário tem mais de 1000 lugares...) E nas outras faculdades? Parece que não se vendeu muito bem também, desta vez os engenheiros não foram atraidos pelas farmaceuticas, como se esperava (talvez se fosse numa discoteca...).

Chegada a noite fui ver como andava o ambiente e não gostei do que vi. Meia duzia de gatos pingados estavam à espera que as portas se abrissem, sendo que uma boa parte nem de farmácia eram... Numa das poucas vezes que se tenta fazer algo com alguma dimensão não houve adesão dos alunos... Convenhamos, 5 euros não é um quantia significativa, é menos do que se paga em muitas outras saidas e, ainda por cima, era para a caridade...

Tão poucas pessoas não chega para pagar o Marco Horacio, pensei, e ao que parece-me tinha razão. A Associação deve ter tido um prejuizo consideravel e não realizará nenhuma actividade durante bastante tempo...

Entramos e sentamo-nos, ocupando apenas a metade direita das duas primeiras filas. (Se fosse o Tomas Taveira a fazer este anfiteatro, com as cadeiras todas coloridas, isto pelo menos ia parecer mais cheio...)

Mas passando ao espetaculo... O presidente foi ao palco e anunciou, entre gritos histéricos de alguns seus fãs de sexualidade duvidosa, um duo que ia fazer a abertura. Apareceram então os dois individuos, coleguinhas de Ciências pelo que me constou, a falar sobre padeiros e motinhas, e até aqui tudo bem. O pior foi quando um deles decidiu falar, em tom monocordico extremamente irritante (como um Bruno Nogueira, mas sem piada), num individuo com pelos na orelha (Radakan ou qualquer coisa parecida) e expremeram até a ultima gota esta piada que, já a priori, não tinha muito por onde se expremer... Radakan....rada...kan...........(****-se o gajo nunca mais para, eu nem me importava de ter pelos na orelha pra não ouvi-lo!). Eu ja estava quase a fugir quando o individuo finalmente calou-se e fez entrar o cabeça de cartaz.
O Marco esteve bem, deu para rir um pouco e , mesmo que tivesse sido muito mal, por contraste com os anteriores sairia sempre a ganhar...

Quando tudo parecia ter acabado bem eis que anunciam (entre suspiros de desespero) mais uma parte com a Jagunças produções!!! "Alguem de-me um tiro, por favor, faz com que o sofrimento acabe..." Após uma segunda parte que conseguiu superar negativamente a primeira eles tiveram a melhor saida da noite, a saida de palco!

E foi assim, uma noite que podia ter sido bem melhor se a participação dos associados tivesse correspondido as expectativas.