sexta-feira, dezembro 01, 2006

Dia do Caloiro II

Vamos agora passar ao tradicional teatro do caloiro. Este ano não havia nenhum dos professores mais velhos a assistir, (por que será?) Será que ficaram com receio de ver o modo como os alunos pensam tão explicitamente demonstrado? Esta situação tem um lado positivo, os caloiros não precisam de ter medo de chumbar a física ou qualquer outra cadeira e actuam de maneira muito mais descontraída...
Outra coisa que foi notória também foi a escacez de teatros... Mais uma demonstração do enfraquecimento da tradição? Talvez. O que certamente não ajudou foi a censura que foi imposta pelo conselho de veteranos. Quando soube que os teatro deveriam ser enviados ao CV para serem lidos, tive a esperança de que fosse apenas para um revisão criteriosa e com bom senso. Mas o que soube é que, mais uma vez estava enganado, em confiar no bom senso do CV. Vim a saber que o teatro do sexto ano tinha sido quase totalmente censurado. Contudo, pelo que o Esgoto pode apurar, não havia razão para tanto.
Quanto ao quinto ano fontes do Esgoto disseram que foi escrito um texto e que estava bastante bom mas não avançou devido a falta de apoio do resto do ano...
Entretanto o teatro ia ter inicio e, antes de começar, uma agradável surpresa: os jograis. Os caloiros estiveram muito bem com momentos dignos de lembrança. O auge da actuação foi o darphoda (muito bom), sem esquecer a menina do gás, cujas curvas são muito melhores ao vivo.
Começaram então os teatros, o da comissão de praxe foi razoável, faltava-lhe, porém, originalidade. Já o quarto e terceiro ano erraram ambos nos mesmos pontos: o tempo ( o teatro do quarto ano demorou cerca de uma hora!), falta de "punch lines" e alongar demasiado a piada (Que não era tão egraçada quanto isso).
Quanto ao teatro do 3º ano devemos apontar e referir que nem toda a gente ve o Lost, e isto não ajudou nada ao teatro...
Houve, contudo, um teatro que ficou na retina daqueles que ainda estavam na cantina: o genial teatro do segundo ano. Aliou um texto muito bom e um timing perfeito para produzir um dos melhores teatros jamais vistos. No final foi feito um anúncio, em modo de desabafo, que também foi perspicaz e com o qual o esgoto concorda: os segundanistas podem e devem praxar sim, em outras casas e universidades o segundo ano é mesmo o responsável pela praxe. Mas uma dúvida ficou no ar, qual é a doutora que disse que o senhor do BB é um veterano de fármacia?
Durante momentos pensou-se haveria alguma resposta do CV ao que foi dito mas não passou disto, de um receio. Finalmente a demonstração de que até o CV pode tomar decisões acertadas, muito raramente...
Acabavam assim as actividades realizadas na faculdade. Rumaram todos a casa para trocarem as roupas (os caloiros para limparem o resto da mistura de massa e musse do corpo) e de seguida dirigiram-se para a reitoria. No jantar o vinho esteve este ano mais fraco, de outra forma não se explica ausência do INEM, de ffupers a chamar o gregório por todo o lado e das casa de banho mistas. Fora isto o jantar correu normalmente: musiquinhas, brindes e as nossas amigas do Cabaret, como sempre.
A festa continuou no Industria, escolha repetida e acertada pois apesar de longe o ambiente compensa. O fotógrafo é que não foi tão dinámico como o ano passado e por isso não houve necessidade de fotos serem censuradas (mais uma vez falamos em censura, isto já está a tornar-se um hábito na FFUP) . Mas o facto de o homem da câmara não ter visto não significa que não houve uma maior proximidade entre coleguinhas, padrinhos e afilhados...
Assim foi o dia do caloiro 2006 da FFUP que ficará marcado:
  • Pela organização do 4º ano,
  • Pelos jograis,
  • Pelo teatro do 2º ano,
  • E pela falta de bom senso do conselho de veteranos.

Ps: O Esgoto, ao contrário do CV, não censura. Todos têm direito a uma opinião contrária, mesmo que seja errada.