domingo, dezembro 24, 2006

Feliz Natal


O Esgoto deseja a todos os seus leitores um Feliz Natal e um prospero 2007. (Mesmo que nos tenhamos que passar boa parte do Natal, e destas pseudo-férias, marrando pros exames...)

Cumprimentos da nossa mascote, o Sr. Poio, para todos aqueles que sabem que o verdadeiro Tronco de Natal acontece na casa de banho.

domingo, dezembro 17, 2006

Balanço (Parte I)

Carissimos leitores, chegamos ao fim de mais um semestre na nossa mui amada casa (aka Faculdade). Como o fim do 1º semestre coincide com o final do ano, é uma altura de fazer balanços (e quem melhor que uma autoridade isenta, como é "O Esgoto", para fazer o dito balanço, hein?)


No inicio assistimos ao abandono de caras conhecidas na faculdade (e de outras menos conhecidas...) Ainda é muito cedo para adivinhar quais destas caras se tornarão almas penadas (esperemos que ninguém...)... Não querendo com isto dizer que não os queremos ver nunca mais (apenas que esperamos que aceitem que existe vida além do curso)... Levanta-se a dúvida... quem é que deveria estar a abandonar a faculdade? Os jovens que já acabaram o 5º ano ou os jovens que já acabaram o estágio? é que o curso tem 6 anos... Por vezes parece que o 6º ano tem a mania que já é licenciado (mas na realidade falta o canudo, o salário e ainda se têm que pagar as propinas, tal como no primeiro ano de faculdade).
Aproveitamos desde já para desejar felicidades aos já licenciados e aos estagiários... E aproveitamos também para recomendar a todos humildade, paciência, honestidade, sabedoria e confiança (é dificil ter todas estas qualidades, até porque muitas vezes excesso de confiança leva a falta de humildade e se associarmos isto a falta de sabedoria, acabamos em estupidez...)

Paralelamente à saída de caras, assistimos a uma nova entrada de caras... caras muito novas, aparentemente inocentes (pois!)... E este ano podemos ver que há uma marcada influência dos Morangos com Açúcar na mentalidade dos caloiros (imaginamos como será no ano que vem)... Os primeiros dias da recepção aos caloiros foram mais ou menos o mesmo de sempre:
  • Caloiros muito revoltados, com os joelhos doridos (que toda a gente se farta de relatar com a expressão "os joelhos a sangrar", apesar de nunca termos avistado 1 único caloiro que fosse com os joelhos a sangrar)
  • Doutores a berrar que se fartam (alguns berram algumas coisas com sentido... outros berram porque é costume berrar-se, mesmo que não berrem nada em condições)
  • Doutores que querem marcar a diferença com os doutores que berram, e que são "tão fixes" com os caloiros ("epá, este doutor é super hiper mega rifixe")... falamos claro daqueles doutores que vão passar a mão nas costas da caloira (ou do caloiro....) depois de este ter levado uma reprimenda merecida (devemos dizer que a escolha do caloiro acarinhado é feita de forma perfeitamente aleatória... ou então não!)... Quem não se recorda daquela célebre passagem "Moche ao Doutor!" que aconteceu logo nos primeiros dias de praxe? (epah, mas temos que admitir que aquele doutor era mesmo super hiper mega rifixe... e e há vários como ele)
  • Doutores inflitrados no meio dos caloiros... mais uma vez, o infiltrado de sempre infiltrou-se (será que ano que vem também se quer infiltrar?)
  • 2º ano a assistir à praxe (alguns com saudades... e a vêr, pela primeira vez, a praxe desde o outro lado)

Reparamos no entanto em algumas diferenças:

  • Presença constante da Comissão de praxe
  • Mais pressão que o habitual para "a praxe é do 4º ano" (uma excelente afirmação para uma pergunta de V/F)
  • Uma verdadeira caça às bruxas (como um leitor já referiu num comentário a um post antigo de "O Esgoto")

Enfim, pelo menos os caloiros têm muito potencial... A observação que "O Esgoto" faz é que devemos ensinar aos nossos caloiros a ser bons caloiros, a respeitar... Devemos dizer-lhes que estamos contentes com eles quando eles superam as nossas espectativas... mas NUNCA devemos avançar lições... Não devemos deixar que eles se julguem superiores àquilo que são... Se um caloiro um dia faz algo bem, devemos mostrar que estamos contente, mas se no dia a seguir faz algo mal, temos que repreende-lo e mostrar-lhe o seu lugar (e não desculpa-lo porque ele eventualmente já terá mostrado que é capaz de fazer melhor).

Entretanto, logo no inicio do ano assistimos ao Siriphonias, organizado pelas Sirigaitas... um festival de tunas femininas... O festival foi aberto com a actuação deprimente de um grupo de alunos (que se autointitula por TFP)... Os rapazes lá disseram umas frases bonitas e tal sobre união dos estudantes, sobre amizade, mas não primaram pela qualidade musical... Primaram pela carência acentuada de instrumentos... Há quem diga que são corajosos... o que "O Esgoto" se questiona é se dizer que os rapazes têm coragem é um elogio ou um insulto.

Depois da actuação de todas as tunas femininas a concurso, houve um momento insólito... Os membros da Magna Tuna de Pharmacia apareceram para actuar em palco... De facto a qualidade musical era inegavel... Mas o esgoto também ficou com uma pulga atrás da orelha: se estes senhores são tão bons, porque é que acabaram? Com tanta qualidade talvez se tenham descurado bastante da amizade e da união que falavam os rapazes da TFP. Na opinião de "O Esgoto" foi assustador ver tantas almas penadas em Palco.

Por fim seguiu-se a actuação das Sirigaitas. No inicio a sensação foi de "outra vez as mesmas músicas?" Estranhou-se a ausência de "tractor amarelo"... Mas esta sensação foi completamente posta de parte por uma composição nova (original) feita por uma jovem do 2º ano. Os nossos parabéns pela iniciativa.

Entretanto (avançando umas semanas) surge a semana de recepção ao caloiro. Sim, aquela semana que começa com a Serenata e acaba na Latada... (perguntam-se talvez os leitores, o que se passa nos restantes dias...) Pois, mais uma vez farmácia mostrou que tem dirigentes na praxe que põem as suas discórdias pessoais à frente dos cargos que ocupam... E fazem um jogo no qual os membros da faculdade são a carta do jogo (são eles que estão em jogo, mas não podem decidir nada)... E por isso farmácia não participou em actividades como a Noite Negra e o Comboio do caloiro. Não adianta dizer que não há tempo para participar nestas actividades... Uma actividade que mistura farmácia com outras casas da academia só pode ser vantajosa (a menos que todos sofram de agorafobia - quem não sabe o que é agorafobia, consulte a wikipedia).

Quanto à Latada, farmácia esteve em grande, apesar de já serem demasiado notórios alguns sintromes de "eu é que mando"... Não só de alguns caloiros (a culpa não é dos caloiros, senão dos doutores desatentos), como de alguns doutores, que não têm o minimo pudor em desautorizar outros doutores em frente a inferiores hierarquicos... Perguntamo-nos porque é que certas pessoas apregoam regras que, eles mesmos, desrespeitam em frente aos aprendizes.

E quanto à primeira parte, já está...

Aguardem pela 2ª parte do Balanço.

Como nota de rodapé, o esgoto gostaria de referir que não apoia insultos dirigidos como os que se verificaram ultimamente.

Quem quiser relatar situações referentes à segunda parte do semestre (dia do caloiro, debate das listas concorrentes à presidência da AE, praxe nocturna, bem como outras situações, pode enviar suas sugestões para o email o.esgoto@hotmail.com ; As informações/sugestões serão tratadas de uma forma confidencial... E nunca terão resposta)

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Dia do Caloiro II

Vamos agora passar ao tradicional teatro do caloiro. Este ano não havia nenhum dos professores mais velhos a assistir, (por que será?) Será que ficaram com receio de ver o modo como os alunos pensam tão explicitamente demonstrado? Esta situação tem um lado positivo, os caloiros não precisam de ter medo de chumbar a física ou qualquer outra cadeira e actuam de maneira muito mais descontraída...
Outra coisa que foi notória também foi a escacez de teatros... Mais uma demonstração do enfraquecimento da tradição? Talvez. O que certamente não ajudou foi a censura que foi imposta pelo conselho de veteranos. Quando soube que os teatro deveriam ser enviados ao CV para serem lidos, tive a esperança de que fosse apenas para um revisão criteriosa e com bom senso. Mas o que soube é que, mais uma vez estava enganado, em confiar no bom senso do CV. Vim a saber que o teatro do sexto ano tinha sido quase totalmente censurado. Contudo, pelo que o Esgoto pode apurar, não havia razão para tanto.
Quanto ao quinto ano fontes do Esgoto disseram que foi escrito um texto e que estava bastante bom mas não avançou devido a falta de apoio do resto do ano...
Entretanto o teatro ia ter inicio e, antes de começar, uma agradável surpresa: os jograis. Os caloiros estiveram muito bem com momentos dignos de lembrança. O auge da actuação foi o darphoda (muito bom), sem esquecer a menina do gás, cujas curvas são muito melhores ao vivo.
Começaram então os teatros, o da comissão de praxe foi razoável, faltava-lhe, porém, originalidade. Já o quarto e terceiro ano erraram ambos nos mesmos pontos: o tempo ( o teatro do quarto ano demorou cerca de uma hora!), falta de "punch lines" e alongar demasiado a piada (Que não era tão egraçada quanto isso).
Quanto ao teatro do 3º ano devemos apontar e referir que nem toda a gente ve o Lost, e isto não ajudou nada ao teatro...
Houve, contudo, um teatro que ficou na retina daqueles que ainda estavam na cantina: o genial teatro do segundo ano. Aliou um texto muito bom e um timing perfeito para produzir um dos melhores teatros jamais vistos. No final foi feito um anúncio, em modo de desabafo, que também foi perspicaz e com o qual o esgoto concorda: os segundanistas podem e devem praxar sim, em outras casas e universidades o segundo ano é mesmo o responsável pela praxe. Mas uma dúvida ficou no ar, qual é a doutora que disse que o senhor do BB é um veterano de fármacia?
Durante momentos pensou-se haveria alguma resposta do CV ao que foi dito mas não passou disto, de um receio. Finalmente a demonstração de que até o CV pode tomar decisões acertadas, muito raramente...
Acabavam assim as actividades realizadas na faculdade. Rumaram todos a casa para trocarem as roupas (os caloiros para limparem o resto da mistura de massa e musse do corpo) e de seguida dirigiram-se para a reitoria. No jantar o vinho esteve este ano mais fraco, de outra forma não se explica ausência do INEM, de ffupers a chamar o gregório por todo o lado e das casa de banho mistas. Fora isto o jantar correu normalmente: musiquinhas, brindes e as nossas amigas do Cabaret, como sempre.
A festa continuou no Industria, escolha repetida e acertada pois apesar de longe o ambiente compensa. O fotógrafo é que não foi tão dinámico como o ano passado e por isso não houve necessidade de fotos serem censuradas (mais uma vez falamos em censura, isto já está a tornar-se um hábito na FFUP) . Mas o facto de o homem da câmara não ter visto não significa que não houve uma maior proximidade entre coleguinhas, padrinhos e afilhados...
Assim foi o dia do caloiro 2006 da FFUP que ficará marcado:
  • Pela organização do 4º ano,
  • Pelos jograis,
  • Pelo teatro do 2º ano,
  • E pela falta de bom senso do conselho de veteranos.

Ps: O Esgoto, ao contrário do CV, não censura. Todos têm direito a uma opinião contrária, mesmo que seja errada.

Dia do Caloiro I

Há mais ou menos duas semanas teve lugar na nossa amada FFUP (e nas zonas envolventes) o mui aguardado Dia do Caloiro... Alguns dos nossos melhores enviados estiveram no terreno atentos a todos os acontecimentos.
O dia estava solarengo e os caloirinhos trajavam as tradicionais fantasias transexuais. Este ano o Noddy e a Floribela foram as escolhas feitas pelo 4º ano... Os Noddys estavam no geral um pouco tristinhos; tirando um ou outro não denotamos grande esforço na produção, todos muito branquinhos (onde estavam os guisos, os lenços no pescoço, o maldito carro amarelo???)
As Floribelas estavam um pouco melhor, havia Floribelas para todos os gostos: loiras, ruivas, morenas e até uma floribela punk (imaginem uma filha da Agata como um papagaio...), fatiotas feitas pela mamã e pela avó, sapatilhas a rigor, mas mesmo assim faltava um "não sei o que" de azeiterice...
Na minha humilde opinião se os gajos foram de Floribela, as caloiras deviam estar a combinar, vestidas de Michael Carreira...
O Baptismo decorreu muito rapidamente, comparativamente com anos anteriores, e ao meio dia já estavamos todos despachados e prontos para rumar à faculdade; Pode parecer que estava tudo pronto para voltar à faculdade, mas faltou alguma coisa... Quando foi que (ao longo dos anos) se perdeu a tradição de se entrar nos leões no final do baptismo? Era dos momentos mais memoráveis... e este ano nem havia espuma na água...
Ao chegar à faculdade, enquanto se aquardava pelo almoço, quem ainda não tivesse visto podia ver o cartaz deste ano, que por acaso está muito bom, o melhor dos últimos anos.
Após os doutores terem almoçado foi tudo preparado para o almoço do caloiro(que também começou bastante mais cedo que o normal)... Então começaram as instruções vindas da mesa dos veteranos e convidados: "Não se põe nada no sumo, blá, blá blá". Tudo bem que não énecessário transformar a cantina num pântano pra nos podermos divertir mas o acumular de restrições que tem sido feitas ultimamente tem tornado tudo bastante mais difícil... Quando eramos caloiros puseram-nos de tudo e mais alguma coisa nos pratos e no copo e nós, da maneira que podiamos, comemos e bebemos e ninguém morreu ou teve de fazer uma lavagem gástrica, pelo contrário, é dos dias que com certeza nos lembramos com mais saudades...
Que sejam dadas indicações sobre a limpeza e os produtos que não se devem usar é uma coisa, outra é a castração gratuita que tem sido feita.
Começa o almoço (já agora tenho que falar no prato... O que era aquilo?! Este ano eles esmeraram-se na cantina, era a coisa com pior aparência que há recordação e, tratando-se da cantina, isto significa que era mesmo muito mau (algo como merda de cão depois de comida e cagada outra vez!)), os doutores apesar das restrições conseguiram que os caloiros passassem um bom bocado.
O almoço chegou ao fim e estava-se os caloiros foram mandados embora para tirarem, pelo menos em parte, a mistela que tinham em cima. Estava-se a espera da repetição da ordem do ano passado de os doutores limparem tudo que tivesse sido sujo pelos seus afilhados. Isto pra mim já não faz sentido nenhum, quando era caloiro eu limpei mas também fui eu quem mais se divertiu durante o almoço, e não o doutor que me praxou, e não há injustiça nenhuma que tenha sido eu a arrumar. Contudo não foi esta a ordem dada este ano, este ano ela conseguiu ser ainda mais descabida e ridícula: os doutores tiveram de sentar no lugar dos seus respectivos afilhados e dar um x número de garfadas.Ordem a qual os doutores praxisticamente obedeceram. Os doutores não têm que provar que são capazes de comer o que os caloiros comeram, eles já foram caloiros e já comeram quando teve de ser. Além disso é questionável uma pessoa comer de um prato onde outra 5 minutos atrás esteve com as mãos e a cara metida, ou não?
Doutores são doutores e caloiros são caloiros, cada qual tem sua função na praxe. Com essas atitudes o conselho de veteranos só conseguem levar a um enfraquecimento daquela, fazer com que cada vez menos pessoas se interessem pela continuação da tradição.
Eu já achava que tinha sido cretino o suficiente a história de os caloiros pedirem aos doutores para ser padrinhos por cartas. O pedido, que era algo tão pessoal, foi transformado em um acto público. Qual é a ideia disso? Qual a vantagem? Será para se poder escolher os caloiros que mais se covêm entre todas as cartas?
Acabado o almoço esperava-se pelo começo dos teatros...