Noite do Riso de Farmácia

Cumprindo a promessa da campanha eleitoral a nossa Associação de Estudantes decidiu realizar a "Noite do Riso de Farmácia". Ja tinha havido uma o ano passado pra quem não saiba mas, desta vez, eles resolveram pensar em grande: Marco Horácio como cabeça de cartaz (mesmo pra quem não gosta dele não há como negar de que houve um esforço para melhorar).

O esgoto ao tomar conhecimento deste evento ficou na expectativa pra ver o que dali sairia. A ideia era boa, além do mais os lucros seriam doados pra Pastoral Universitária num belo acto altruista.

Durante cerca de tres semanas a faculdade foi invadida por cartazes publicitando o evento e tudo corria bem. Porém, no dia anterior ao evento um amigo, de um amigo, da namorada de um conhecido meu ouviu dizer que nem duzentos bilhetes tinham sido vendidos! (Se eu bem me lembrava o anfiteatro do seminário tem mais de 1000 lugares...) E nas outras faculdades? Parece que não se vendeu muito bem também, desta vez os engenheiros não foram atraidos pelas farmaceuticas, como se esperava (talvez se fosse numa discoteca...).

Chegada a noite fui ver como andava o ambiente e não gostei do que vi. Meia duzia de gatos pingados estavam à espera que as portas se abrissem, sendo que uma boa parte nem de farmácia eram... Numa das poucas vezes que se tenta fazer algo com alguma dimensão não houve adesão dos alunos... Convenhamos, 5 euros não é um quantia significativa, é menos do que se paga em muitas outras saidas e, ainda por cima, era para a caridade...

Tão poucas pessoas não chega para pagar o Marco Horacio, pensei, e ao que parece-me tinha razão. A Associação deve ter tido um prejuizo consideravel e não realizará nenhuma actividade durante bastante tempo...

Entramos e sentamo-nos, ocupando apenas a metade direita das duas primeiras filas. (Se fosse o Tomas Taveira a fazer este anfiteatro, com as cadeiras todas coloridas, isto pelo menos ia parecer mais cheio...)

Mas passando ao espetaculo... O presidente foi ao palco e anunciou, entre gritos histéricos de alguns seus fãs de sexualidade duvidosa, um duo que ia fazer a abertura. Apareceram então os dois individuos, coleguinhas de Ciências pelo que me constou, a falar sobre padeiros e motinhas, e até aqui tudo bem. O pior foi quando um deles decidiu falar, em tom monocordico extremamente irritante (como um Bruno Nogueira, mas sem piada), num individuo com pelos na orelha (Radakan ou qualquer coisa parecida) e expremeram até a ultima gota esta piada que, já a priori, não tinha muito por onde se expremer... Radakan....rada...kan...........(****-se o gajo nunca mais para, eu nem me importava de ter pelos na orelha pra não ouvi-lo!). Eu ja estava quase a fugir quando o individuo finalmente calou-se e fez entrar o cabeça de cartaz.

O Marco esteve bem, deu para rir um pouco e , mesmo que tivesse sido muito mal, por contraste com os anteriores sairia sempre a ganhar...

Quando tudo parecia ter acabado bem eis que anunciam (entre suspiros de desespero) mais uma parte com a Jagunças produções!!! "Alguem de-me um tiro, por favor, faz com que o sofrimento acabe..." Após uma segunda parte que conseguiu superar negativamente a primeira eles tiveram a melhor saida da noite, a saida de palco!

E foi assim, uma noite que podia ter sido bem melhor se a participação dos associados tivesse correspondido as expectativas.

ENEF...................

Pois, já lá vão três semanas desde que teve lugar em Albufeira (Uma colonia inglesa em Portugal) o mui aguardado VIII ENEF. O esgoto também lá esteve e apesar das desavenças devo admitir que, desta vez, os nossos companheiros lisboetas acertaram.

O hotel era fantastico e o tempo ajudou (e muito) . E aquele buffet...., foi estranho de volta a nossa humilde cantina ter apenas dois pratos a escolha (nada apelativos), duas ou tres sobremesas (igualmente nada apelaticas) sendo que .... a salada de fruta é extra refeições! Onde estão os bolos gelados, os gelados, a calda de chocolate quente... Até da salada tenho saudades! Era interessante ver os futuros farmaceuticos irem e voltarem sofregamente com seus pratos num ritmo frenético até que, por fim, as caras surgiam esgotadas após o orgasmo gastronomico que tinham acabado de experimentar.
Curiosamente este ENEF tinha como tema a saúde cardiovascular.... e eu quero acretidar que toda aquela comida era do mais saudavel que há....

No geral correu tudo como de costume. Todos juntos mas sem grandes misturas, (eu até prefiro assim). Mas houve quem me dissesse que valia a pena uma maior confraternização (principalmente com um certo quarto junto ao relvado).

Não houve torneios de futebol ou volei a sério mas, em compensação, o paintball tomou conta de tudo. Quem olhasse ao longe poderia pensar que aquele era o menor recinto de jogo da história do paintball mas enganou-se, não era preciso estar dentro das redes para jogar, quem estivesse a praticar futebol ou tenis, e não fosse agil o suficiente para desviar-se, arriscava-se a entrar na partida e levar um balazio! Além disso quem não gostou da nova pintura das bolinhas que o hotel recebeu?

Na praia com os matraquilhos humanos, o volei e o sol tudo esteve bastante agradavel com excepção de um incidente... (já há muito tempo que eu não via uma ambulancia vir buscar alguem de farmácia que não estivesse quase em coma alcoolico!) Contudo, no final tudo parece se ter resolvido bem.

Mesmo nos quartos houve animação, as sirigaitas até organizaram uma festinha privada (Que tolas! Eu gostava de ve-las com esta postura no palco)!

Esta é uma foto da tal festa privada das sirigaitas que um fotografo do esgoto conseguiu captar.

E as festas? O esgoto esteve atento e constatou que correram como normalmente correm as festas de farmácia... bebedeiras, INEM, engates, ... O pessoal aderiu aquela história das cores e até a da gravata (dessa eu nem sabia, e nem me ia dar ao trabalho...), mas aquilo das mil e uma noites não funcionou tão bem já que não vi ninguem vestido de marroquino (Vestida a rigor só umas raparigas que trabalhavam na discoteca. Os alfacinhas bem tentaram, mas não conseguiram convencer as meninas a vestirem-se de dançarinas de dança do ventre...) . No máximo foi engraçado ver pessoal, ja tradicionalmete com a moca, a não abrir mão de mais uma loira, um coleguinha já calibrado a partir a loiça toda antes de aterrar e uma coleguinha, pra comemorar a despedida, a despir-se (de preconceitos).

Porem deste ENEF fica uma duvida no ar, uma incognita por responder:

-Por que cargas d'água uns individuos andavam com uns colares ridiculos ao pescoço?

Sem mais nada a acrescentar, despeço-me cordialmente e fico a espera, ansiosamente, do ENEF IX! (Que, como em todos os anos, já me estão a dizer que vai ser na Madeira...)

Renascido

Andava eu a passear pela net as 2 da madrugada alegremente quando ao visitar um certo blog lembrei de um outro. Um outro blog que ao surgir suscitou em mim a esperança de ver resurgir o gosto por um habito que me é tão querido: apontar os podres do proximo. Não que eu não os tenha, longe de mim tal presunção... (Mas sempre há umas frutas mais podres que outras...)

Retomando o tópico inicial, lembrei-me deste tal blog. Contudo ele foi uma desilução total, completa e absoluta. Nada mais fez alem de enxovalhar o bom nome de um icone da nossa FFUP! Foram buscar as catacumbas da nossa faculdade um monstro mas, não souberam como usa-lo e nem sobre ele tiveram controlo. Usaram-no com ridiculos fins de propaganda eleitoral e para insultar uns aos outros. Devo admitir que diverti-me acompanhado a novela que tomou cena naquelas paginas mas, não gostei de "Olhos de Água" e por isso a temática é me pouco aliciante.

Assim decidi tomar nas mãos a tarefa de direcionar este blog para o seu verdadeiro proposito: prezar pela moral e bons custumes, e proporcionar o meu deleite e de todos os outros que, na nossa faculdade, gostam de ver debatida a vida publica entre um café e um cigarro.

FFUP, uma aldeia no centro do Porto.